São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
As tuas são, ainda, achas de uma fogueira grande que se auto-alimenta, labaredas que sobem, descem, dançam e prendem o olhar no espectáculo quente e hipnótico dos seus desenhos incertos, renovados! Têm cores, formas, forças… tudo plural. E significados que se adivinham ou apenas se suspeitam… :-)
ResponderEliminaragradeço a amabilidade do teu comentário...
ResponderEliminarafinal brincar com palavras é a minha forma de brincar com a vida, de lhe sorrir, de lhe agradecer por mais um dia...
quanto aos significados... alguns adivinham-se numa imensa significação, alguns...