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deslizo o olhar pela minha sombra
e deixo-a ali estática e entaipada
e deixo-a ali estática e entaipada
descalça de fantasmas piso a relva húmida de orvalhos matutinos
que em gotas se entrelaçam nas folhas decalcadas de verde
nua de hipocrisias dormentes
que rastejam pela margem
do rio de águas exaltadas pela luz de graciosos profetas
que de sorriso em sorriso pintam vales e montes e sóis e nuvens
dispo-me de espartilhos morais que ornam o pórtico da razãoe esgrimo ditongos que penetram palavras ausentes de sílabas
de intenções torpes crivo o olhar alheado de visões reticentes
assombrada de invisíveis intuitos metamórficos
diluo cortinas de flores estampadas e inspiro pedaços do tempo
que um dia foi mas volta sempre
regresso e retomo a sombra
que ali esperava estática e entaipada
que ali esperava estática e entaipada
Quisera que a sombra ficasse ou fosse e fizesse o que eu quisesse que fizesse...
ResponderEliminarUm beijo
Daniel
" regresso e retomo a sombra
ResponderEliminarque ali esperava estática e entaipada"
não me enganei quando te escolhi para figurares ao lado de Torga/Pessoa... no post do "meme".
:-)
bjs
Querida Irene,
ResponderEliminarSem te ter pedido autorização, linkei-te no meu blog.
Espero que isso não me valha um processo com pedido de indemnização!!
Bjs
Soberbo.
ResponderEliminarÉ o que me ocorre dizer sobre este teu poema.
Bom fim-de-semana, beijinhos.
a daniel
ResponderEliminarnem sempre a sombra faz o que queremos, pois o querer não é suficiente...
a adesenhar
não me esqueci do teu desafio e da charlas! tenho que me dedicar aos «memes» mas ando bloqueada!
a jg
até que fazia jeito uns extras :-) mas «fica ela por ela» já que estavas na minha lista (pedi-te autorização?)
a nilson
é com humildade que agradeço o teu elogio.
bjs