que insistente desabrocha nos meus lábios
de cores desmaiadas pelo espelho
que nada me diz
no silêncio áureo
da catedral de sonhos barrocos
dos meus gestos maquinais
surge um esboço do mundo
incandescente e fugaz
e num apetite de palavras
cruzo promessas laminadas
por um rio azul
Irene Ermida