05/03/2009

Imprevisto(s) 1


estranho-me no véu de minúsculas

que em vão cobre o meu nome

não me sinto ali no papel

nem me vejo mulher

na translúcida passagem

por lugares distantes das minhas mãos



dos meus olhares vazios

nasce a vontade de encher o mar

de estrelas e de cavalos



num galope desenfreado

retenho uma imagem opaca

da ínfima realidade que sou

Irene Ermida



2 comentários:

  1. Irene,

    ínfima, que NADA!

    Tem um dia (que 'dizem' ser da Mulher!) muito Feliz! seguido de muitos outros não menos fantásticos!

    deixo um abraço, o sorriso de sempre e saudades!
    mariam

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  2. Do muito e bom que tenho lido no seu blog, este é um dos meus posts favoritos.
    Gostei muito.

    Bjs

    ResponderEliminar

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