08/05/2009

Na bruma 2

...

Antevejo formas lunares

de um eclipse sideral

numa órbita imaginária

de sentidos e odores


Não distingo o volume

atreito a rumos e,

numa trajectória repentina,

afasto a neblina

que me inflama a retina

numa percepção clara

da unidade absoluta.

Vocalizo a tua presença

num efémero murmúrio

da voz do silêncio.
Irene Ermida

4 comentários:

  1. Deixo um beijo pelo poema que é sublime. Posso? Obrigado.

    bom fim de semana

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  2. afasto a neblina
    ----------
    Seria bom que a dissipássemos de vez. Passaríamos a ver as coisas de forma mais clara.
    Fica bem.
    Felicidades.
    Manuel

    ResponderEliminar
  3. joão
    podes... :))


    de-propósito
    para apreciar a força do sol, nada como atravessar a neblina... que traz, necessariamente a luz do dia

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