11/01/2010

Tremor(es) 1

e assim trémula de palavras,
entre reticências eternas
sorvo as gotas que deslizam na tua voz

ausento-me do meu corpo
e parto numa viagem sem fim
por estradas amplas de sentidos

e toco nas nuvens com os dedos
puxando-as levemente para mim
num aconchego de minutos

solto-as num ímpeto,
e deixo-as voar ao vento,
céleres,eufóricas e saciadas
penetram os poros da minha pele
e alimentam a sede do porvir!


Irene Ermida

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