e na vontade de percorrer caminhos estranhos
estranha a mim que não existo
nessa estrada que todos percorrem
e vou numa descoberta
incompreensível
incerta
e viajo sem correntes
há um nó(s) solto
não há amarras nem portos
há um navio num horizonte
e há um amor
sem alcance
sem prudência
e olho as conchas
e sinto-as minhas.
e olho as ondas
e sinto o mar.
Irene Ermida

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