rasguei o canto da folha
e levantei a sombra do tempo
nada vi senão a alegria estampada
em rostos de contornos difusos e brilhantes
alinhei as formas sem cor
e senti
uma dor singular
que
atravessou um corpo inerte
e
atingiu o centro da terra
não há horizonte nem fronteira onde morrem as flores
Irene Ermida