08/06/2014

sombra do tempo





rasguei o canto da folha

e levantei a sombra do tempo

nada vi senão a alegria estampada

em rostos de contornos difusos e brilhantes


alinhei as formas sem cor

                e senti uma dor singular

                que atravessou um corpo inerte

                e atingiu o centro da terra

não há horizonte nem fronteira onde morrem as flores



Irene Ermida