28/08/2007

... da água

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Foto: Porto Covo, 20 de Agosto

regresso ao recôndito e ao esquecido
adormecido
evoluo... (as têmporas latejando)
e a areia desenha um coração

sorrio ao céu que me afaga
e me atira raios de sol
renasço nos rochedos submersos
parida pela água salgada

monto no cavalo marinho
que me ofereces
e alada voo
nas ondas do teu sonho
acordado em mim


2 comentários:

Carlos disse...

Água....vento....horizonte......

Ao vento teus cabelos soltos, adquirem formas....mágicas...desenfreadas...num constante frenesim surgem interrogações....mas...na areia macia...envolvente se espalham sementes...outrora hibernadas...esquecidas...esperando algo que as faça brotar em explosões de vida...sem limites...sem controlo....sem medos...
Das profundezas do oceano...das rochas submersas...surje eventualmente a resposta... e na areia se desenham em suaves contornos , imagens de glória de um prazer em antes esqueçido ou simplesmente comprimido...reprimido...
monta no cavalo marinho ...e voa sem pressas , sem sobressaltos....sem agonias .......
deixa que a água salgada te desperte em ondas de paixão....
onde eu mergulho.....ao sabor das ondas....

para si autora, os meus parabens por nos deixar saborear os seus escritos em ondas de prazer....

bj
Carlos

PostScriptum disse...

Com este som de fundo, a convidar ao silêncio e à leitura. Está belissimo, este teu poema.
Bjs