e criança brinco
com palavras perdidas
da infância extraviada
no tempo devorado
por idades remotas
sem rugas sem gelhas
que atenuam a cor
e a dor aparente
dos anos implacáveis
desperto em nevoeiros
e elevo-me na atmosfera
condensada de raízes
sem sementes nem embriões
suprimida por impotência
da natureza e da matéria
8 comentários:
Imaterializas-te. Gosto da não-matéria, e gosto sobretudo como nos dás uma visão dela.
Beijo I.
Forte!potente!
Para quê, os embriões e a genética.....será importante?!
vamos deixar a criança que existe dentro de nós, despertar e berrar aos quatro ventos , para que nunca as raízes nos prendam ou tiranizem............
Bj Irene
Em regressão...
Um beijo
Daniel
a Seguir vem
Recessão (3)
ou
Recessão (-3)(?!)
:-)
bj
a post-scriptum
nunca tinha pensado nisso... mas acho que encontraste a palavra certa para o que sinto quando escrevo: sinto-me "não-matéria"! E é uma sensação fenomenal, de facto!
Obrigada!
a carlos
a criança em nós é uma constante se bem que, por vezes, esquecida. Mas ela cá está, em cada um de nós e espreita quando menos se espera!
a daniel
a metáfora é pertinente. :-)
a adesenhar
uma Recessão 3 está em elaboração mas fogem-me as palavras...
A criança que há em nós deveria poder sair livremente, para nos pôr um sorriso e aos que nos rodeiam e aligeirar os momentos mais pesados... não há nada como brincar, brincar com palavras, com tempos, com cores... belo poema... belas palavras...
Saudalunações
a luna tic
Sabendo manter viva essa «criança» e dosear o «brincar» de acordo com a realidade, faz parte da sabedoria que se vai adquirindo com a experiência e, sim, é fundamental!
a luna tic
Sabendo manter viva essa «criança» e dosear o «brincar» de acordo com a realidade, faz parte da sabedoria que se vai adquirindo com a experiência e, sim, é fundamental!
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