27/11/2007

Recessão (3)

Rasgo lágrimas de papel
de invernos distantes
retidas no lastro da lareira
consumida pelo tempo
recuo por trilhos de serenos olhares
que me afagam os cabelos
eivados de ternuras avoengas
e pinto mãos enrugadas e calosas
nas paredes de casas fantasmas
percebo sorrisos remotos
que embalam sonhos e premonições

2 comentários:

Carlos disse...

Bonita tela onde o relevo das cores e sorrisos embelezam sonhos e quimeras...

beijo

Irene Ermida disse...

uma tela distante no tempo povoada por uma avó que deixou muitas saudades... sem sonhos nem quimeras...

bj