Foto: Rio Corgo, 03/04/2008
Sou um afluente que desagua em rio nenhum
numa viagem atribulada pelas margens da existência
a jusante de investidas impróprias e rutilantes
que desaguam numa foz inverosímil
Adormeço no leito de águas turvas, serenas
saboreando a essência da nascente
longínqua e consistente
longínqua e consistente
Acordo na queda de águas revoltas e possantes
que me fixam no caudal que flui através de mim
que me fixam no caudal que flui através de mim
Irene Ermida
4 comentários:
Ao ler-te ,revi-me nesta sequência, imagem após imagem, cena após cena.....
« Acordo na queda de águas revoltas e possantes
que me fixam no caudal que flui através de mim ».
acho ,maravilhoso e profundo....
um acordar renovado e possante...
é « viciante » ler aquilo que escreves,
...e nesse caudal que flui através de ti ,navega ...navega em tranquilidade , até ao mar.
beijinho
O rio que somos e o rio que nos atravessa...
Obrigada pela visita que me permitiu conhecer a tua escrita de inegável qualidade.
a carlos
esse mar irresistível...
a maria laura
obrigada pela visita e pelas palavras. Gostei particularmente da tua frase!
onze e trinta e seis ainda. podia te esperado mais um minuto e mais uma hora, mas o caudal era perfeito e chamava por mim. Em boa hora.
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