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Poderia dissertar sobre os actores, a fotografia, a música, o guião... Mas nada disso faria sentido!
A dialéctica vida / morte é lugar comum em discussões, à mesa do café, pela noite dentro, quando a crise existencial nos bate à porta, sobretudo quando ainda jovens, não entendemos a razão pela qual a vida nos obriga a morrer. À luz de doutrinas filosóficas, de cariz mais existencialista ou mais teológico, discute-se o sentido, ou falta dele, de ambas, procuramos respostas para justificar, afinal, a certeza mais infalível que todos temos desde que vimos ao mundo!
A nossa visão da vida condiciona a aceitação ou a negação da nossa morte.
Há os que defendem a teoria do «consumismo» do tempo e vivem cada dia com a convicção de não acordar no seguinte!
Há os que defendem o «adiamento» da vida como se fossem donos do tempo!
Há os que injectam doses de trabalho nas horas para lhes sugar o tutano!
Há os que vivem alucinados pelo medo da morte!
Há os que vivem moribundos adiando um amor!
Há os que existem aprisionados ao passado!
Arrisco dizer que poucos são os que saboreiam a vida com serenidade e aceitam a morte com naturalidade!
Quando saí do cinema, ocorreu-me também escrever uma lista de coisas que quero ainda fazer: viajar na montanha russa, dar uma volta no carrossel, caminhar na praia sob a chuva, apreciar o nascer do sol, fazer um piquenique, rever o álbum de fotografias de família...
Mas dei comigo a pensar que, afinal, a vida, assim como a morte, são imprevisíveis!
6 comentários:
Também vi este filme, e como tu não quero comentar ou simplesmente dissertar acerca da realização /produção , deste que é ( para mim) um bom filme.
Mas...
também há aqueles que vivem e não deixam os outros «viver»...
Há ainda os «mortos-vivos»
e aqueles que vagueiam à procura da morte...
e muitos mais se poderia enunciar.
Também eu ,e acho que todos nós teremos uma lista com coisas , ainda para fazer...
Agora ainda bem , que a vida ou até a morte são imprevisíveis,
já imaginaste se tudo fosse previsível?! ainda bem que não.
tens bons gostos, cinematográficos,
beijo
bj
Querida Irene,
lida a lista dos lamentados, parece afinal que há muitos mortos que se desconhecem nessa situação. Também concordo com a escassez dos que vivem a vida com serenidade e encaram a morte com naturalidade, mas talvez porque aos eternos perturbados por medos e desejos haja a somar os que vivem a vida com naturalidade e aceitam a morte com serenidade. No aproveitamento é que está o ganho.
Beijinho
Vim reler as palavras grandes com que discorres sobre o tema essencial e ainda que perante elas as minhas se façam pequeninas, quero registá-las: gostei muito deste texto!
que monotona
seria a vida se fosse previsível!
o que dizer da morte!
sinceramente
só sei que nada sei, da dita "S.ra"!
:-)
bj
Vi, gostei e fartei-me de o "receitar"! :-) O momento de viver a vida é mesmo, mesmo o presente!
carlos
a vida é mesmo imprevisível e ainda bem, claro
bj
réprobo
concordo, há que tirar proveito da sabedoria que a vida nos vai proporcionando para atingir a tranquilidade e vivemos bem connosco próprios
beijo
maria manuel
já sei que viste o filme :))
adesenhar
para quê pensar nela, se temos a vida para viver?
bj
apc
cada vez acredito mais nisso!
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