Deixei atrás os erros do que quis
E que não pude haver porque a hora flui
E ninguém é exacto nem feliz.
Tudo isso como o lixo da viagem
Deixei nas circunstâncias do caminho,
No episódio que fui e na paragem,
No desvio que foi cada vizinho.
Deixei tudo isso, como quem se tapa
Por viajar com uma capa sua,
E a certa altura se desfaz da capa
E atira com a capa para a rua.
Poesias Inéditas (1930-1935)
Fernando Pessoa
As palavras de Pessoa impressionam pela simplicidade com que exprime a vida!
8 comentários:
Irene,
pois, mas «Pessoa» é gigante! na sua escrita tão simples e certeira!
boa semana
um abraço e um sorriso :)
mariam
Nego-me a acreditar que o frio tenha congelado este blogue!!!!
mariam
gigante e eterno...
bom fim-de-semana
a jg
quase... já que estou por Estocolmo estes dias e eaté mesmo frio!!!
Irene,
estive também aí, mas há 14 anos! aproveite bem, encha a alma de tudo o que de bom e belo puder... e inspiração também! é um pais que me despertou amores mas também me irritou um pouquinho... era enervante ver terem tudo tão rigorosamente certinho! rsrs
boa continuação!
grande abraço e o meu sorriso :)
mariam
Deixo um sorriso.
Lágrima não.
Uma pincelada, talvez.
Um rabisco, definitivamente.
Crítica, não me apetece.
Conselho, não sou louco.
Uma vírgula, não.
Ponto final, deixo 3...
Reticências...
O Homem pessoa...a mente que ele dizia ser como um novelo que tinha a ponta virada para dentro do mesmo, e que dessa forma, jamais conseguiria desfazê-lo.
Já ouviu falar no espectáculo de dança contemporânea chamado "Feminine"»?
É o poeta no feminino. A ver. Mesmo.
simplicidade...
uma raridade actualmente.
:-)
boas férias
bom regresso
bjs irene
Não acredito que fosse necessário rumar para tão longe para ter neve e frio de meter dó!
Frio? O sentir de Pessoa aquece...
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