20/04/2009

Imprevisto(s) 3

ferida no traço de um corpo

que se adivinha no meu olhar

inerte permaneço

no seio de línguas frenéticas

tão cheias de vazios

que secamente se dilatam

em manifestos sibilinos


respiram lufadas bafientas

que não me embriagam

dessa luz anímica


e num suspiro de ironia

recolho a suavidade

de cores e sons
Irene Ermida

2 comentários:

mariam [Maria Martins] disse...

Irene,

não consigo comentar este 'imprevisto' ... soa-me a desabafo.. :)

sorrisos :)
mariam

Irene Ermida disse...

mariam
não pensei nele assim, mas todas as leituras são possíveis.