30/10/2006

Estupefacção ou estupidificação?!

Os exames nacionais do ensino secundário no ano lectivo anterior correram mal?
Nada como ser pragmático... acaba-se com eles...
Não por razões estruturais, pedagógicas, financeiras, mas porque nos apetece. É melhor assim!
Há anos que se debate a realização de exames para conclusão do ensino secundário e, simultaneamente, acesso ao ensino superior... sim, porque estas instituições tão disseminadas por esse país fora, não intervinham no processo de selecção, estando a cargo das escolas do ensino secundário toda a panóplia de procedimentos necessários à transição entre os dois ciclos de ensino.
Sem rumo certo, ao sabor de vendavais nefastos ou de brisas inofensivas, «marcham» os jovens comandados por adultos inconsequentes que, ora pensam assim, ora alteram as regras e pensam o contrário.
Mas, afinal, em que ficamos? Os exames?! São importantes e necessários? Ou são dispensáveis? O que se articula melhor com as estatísticas vindas a público regularmente e que tanto sacrificam o sistema de ensino português? Que verbas são poupadas neste processo gigantesco e ignorado pelo cidadão comum, que dorme descansado sem se aperceber de que os seus impostos são gastos numa máquina absurda de papel, de equipas de elaboração, de correctores, de elementos das forças de segurança, dos transportes, etc. num processo interminável?
Jovens que ambicionam um lugar ao sol que, tão escondido anda entre nuvens de palavras e decisões, são os principais afectados pelas constantes alterações das regras.
As emergentes inteligências poderão um dia escrever a história e duvido que, com tanta turbulência infligida às suas mais legítimas expectativas, nos seja atribuída um lugar decoroso. A ver vamos, se a foice letal não nos poupar de tal embaraço!

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