25/07/2007

acrobacia(s) 2

.

atrevida...
lanço o olhar
para horizontes esquecidos

numa vertigem abro os olhos
com brilhos nítidos e explícitos
dou corpo à voz
que, em vogais abertas
define o timbre
e em tónicas a intensidade
articulo preposições
contraídas com artigos
que rasgam histórias vividas
e renovam interjeições
há tanto refreadas
de emoção natural
a frase exclama prazer
adornado de sorrisos
como flores viçosas
que entoam baladas
e me acordam em ti

7 comentários:

-pirata-vermelho- disse...

.

atrevida...
se desses voz ao corpo
em vogais abertas
definias-m'o timbre
em tónicas certas
adornadas de sorrisos
com flores viçosas
e baladas
e guizos

Carlos disse...

Quanto intenso,é o brilho que define nas articulações, das histórias vividas e não vividas...um novo nascimento de emoções .............desenfreadas, coloridas ....a da plenitude, de viver com intensidade ..quão intensas e penetrantes, que semeam novas e viçosas flores...
quão intenso..... .o entardecer...me tocaram e me deleitaram com seu perfume de aroma constante......descoberto em ti.....de algo intenso e surpreendente........entre baladas e desejos...................

.............
carlos

Irene Ermida disse...

a pirata
uma variação interessante... mas prefiro os teus originais.
para quando o próximo?

a carlos
lindo! ao sabor das emoções...
bj

Daniel Aladiah disse...

Querida Irene
Muita felicidade... te desejo...
A música que todos gostam!
Um beijo
Daniel

Unknown disse...

ola Irene
gostei imenso de ler estas tuas lindas palavras em prosa.
um beijinho

-pirata-vermelho- disse...

e...
já vist'isto?!
"A directora do MNAA foi despedida. Depois de ter posto o Museu nas primeiras páginas, de o ter aberto a novos públicos, de ter organizado grandes exposições internacionais, de ter obtido financiamentos que o IPM desviou, Dalila Rodrigues foi chamada, no primeiro dia da silly season, ao aparatchik do bloco central e à ministra do Joe Berardo, para ser despedida. Acusada de "divergir publicamente do governo" Dalila é humilhada, como outros o foram antes, por estes mesmos protagonistas, perante o usual silêncio dos intelectuais, o silêncio de que falou Steiner.
Não sei qual é a política de Bairrão Oleiro e Pires de Lima para os Museus. Se é fechá-los aos fins-de-semana e esvaziá-los de recursos, então, claramente, Dalila destoava.
Sem Dalila ficamos mais tristes. Mas onde quer que esteja, Dalila Rodrigues estará sempre onde os cínicos que a substituiram nunca chegarão."
(in http://anaturezadomal.blogspot.com/)

Irene Ermida disse...

a daniel
a felicidade é uma utopia, não é? mas há utopias muito encorajadoras que nos fazem caminhar! E a música ajuda!
Bom «caminho» e boa «música» para ti!
bj

a joão
fiquei aqui a pensar... palavras em prosa... pensei que escrevia poesia... mas tens razão: a poesia não se escreve.
bj

a pirata
vi... conhece-la?