08/07/2007

Densidade(s) 3

.


Foto: www.odeoda.com


curvaturas esdrúxulas

incidem em esferas de espelhos

sonoras e brilhantes

desato os atilhos das convenções

que oprimem explosões de lágrimas

cambaleio

entre aspas e reticências

numa ilusão suave e intensa

de um querer interrogativo

aposto de exclamações

finais

sem quanto sem quê sem qual


4 comentários:

Maria Manuel disse...

Confesso que li este poema com olhar de prof. de línguas (não tanto de literatura), descortinando múltiplas explorações possíveis...! :-)
Talvez tu, autora, não tenhas reparado. Vê bem...!

-pirata-vermelho- disse...

(Pois)
Eu só li, poeta do meu espanto.
Que belo sensu!





E...
não és tu, pois não?

Vício disse...

ponto final? ou novamente reticencias?

Carlos disse...

olá,
Não sou professor nem de linguas nem de literatura, mas sou aluno...da vida intensa...
Sem falsas modéstias, e sem pretender de forma alguma, ser um expert...talvez , e com a sua permissão,autora,gostaria simplesmente deixar estas pequenas notas....e se calhar tb daquilo q não é para entender, mas sentir,para q servem as reticências, as aspas, as interrogações e as exclamações,se não se consegue quebrar as convenções e deixar rolar as lágrimas e libertar as explosões de afectos , por vezes escondidos e reprimidos, e tudo aquilo q nos faz vibrar e tremer entre as aspas e as reticências??????????????????
Se mo permite querida autora, nem atilhos nem amarras, nem ninguém a impeça de GRITAR......aí encontrará o quanto o quê e com qual.
Aluno da vida,
Carlos