15/06/2008



Imagem da autoria de adesenhar que pode ver também em Cartoons 3D .

11/06/2008

Perlexidades


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Sexo e a cidade



Para terminar as minhas férias em beleza, lá fui ver o filme, com as minhas amigas.

O meu cérebro estabeleceu uma subliminar associação com um dos melhores filmes de Woody Allen "A Rosa Púrpura do Cairo", cuja actriz principal, interpretada por Mia Farrow, é surpreendida pelo actor que sai do écrã e a introduz na tela, desenvolvendo um jogo entre fantasia e realidade.

A realidade exposta pelo quarteto inseparável destas mulheres procurando o amor, cada uma à sua maneira, despertou em mim uma sensação de desengano.
A vida, se fosse cinema, seria, sem dúvida, bem melhor, pois, pelo menos, haveria a certeza de que, no fim, tudo acabaria bem.

Hoje, caí na realidade, quando tocou o despertador às 7h30 e me preparei para recomeçar a minha actividade (que se adivinha intensa!).
E lá fui de boleia, já que na «realidade», o meu carro está há uns dias na oficina!

10/06/2008

Já ninguém se lembra de Camões?

«Qual Ioga, qual nada! A melhor ginástica respiratória que existe é a leitura, em voz alta, dos Lusíadas.»

Mário Quintana

E se quiserem treinar e não tiverem a obra à mão (o que é imperdoável) aqui vai um endereço.

Recomendo a (re)leitura das estrofes 120 - 134, do Canto III

09/06/2008

(se)mentes




Foto: Oleg Lobachev
(mal)tratei fracturas do teu ser
pela noite espa(e)lhadas
preenchi lacunas con(re)sumidas no tempo
e enfeitei (des)providas madrugadas
(des)ocupei camas e mesas fendidas
aclarei manchas (des)povoadas
esvaziei sentidos (in)quietos
destituí palavras a(du)lteradas


Irene Ermida

Ora toma lá!



José Eduardo Moniz "Nunca tomarei decisões apenas porque determinada funcionária é minha mulher. (...) A Manela tem méritos próprios, que não precisam do marido para nada."
José Eduardo Moniz, director-geral da TVI, comentando o regresso de Manuela Moura Guedes aos ecrãs da estação, in "Notícias TV".


Fonte: http://fama.sapo.pt/

Para quem não sabia, fica a saber!
Que más línguas, que coisa!
Fiquei muito mais feliz por ser assim!
Ai que não caibo em mim de contente!

Malha caída



Foto: Google (alterada)
Entrelaçava o fio vermelho concentrada nos seus botões. As agulhas dançavam ao ritmo da música. Para trás ficava um pedaço de camisola que nunca iria usar. A textura suave e elástica hipnotizavam os sentidos adormecidos.
Fazia tricô e deixou cair uma malha.
E agora?

Irene Ermida

Negaçao do nada


Foto: Narcis Virgiliu

não me embalo na robustez do vento

não trilho veredas de nuvens informes

não me seco no instante fugaz do vazio

não navego na vacilante onda de espuma

não cresço em agrestes jardins sem raízes

não me afogo em inconstantes marés cheias

não me alimento da efémera torrente do vulcão

não estremeço no fluxo contínuo do volúvel

não combato inexistentes espectros de luz

não me resigno a inquietos ímpetos de fé

não derivo na intranquila corrente do rio

não flutuo em lagos de verdes pântanos

não, não me sinto nos outros sem mim

Irene Ermida

07/06/2008

Iniciativa audaz

Enquanto milhões de olhares se fixam no quadrado mágico para ver quem primeiro mete a bola na baliza do adversário, ouvi num outro canal de TV, a notícia de que em Portugal nenhuma cidade aderiu à 5ª Manifestação Ciclonudista Mundial que teve hoje lugar em várias cidades do mundo.

Dada a singularidade do evento, decidi pesquisar mais alguma informação, visto que não será nada fácil pedalar em tão nu estado e, acima de tudo, causou-me estranheza a ausência desta iniciativa em Portugal, já que, noutras, estamos sempre solícitos a participar.
Estando nós em crise, seria sempre uma boa alternativa!
Em vez de invejarmos a peça de roupa ou o automóvel da marca, passaríamos a comentar as mamas, mais ou menos descaídas, das mulheres, ou o tamanho do pénis, maior ou menor, dos homens...
Pensando bem, o «sexo» passaria a ser o tema central das conversas diárias e tornar-se-ia tão banal que, ao fim de algum tempo, os conceitos e valores estariam completamente alterados!
As vantagens seriam inúmeras: os atropelamentos seriam reduzidos e menos graves, os combustíveis eram dispensáveis, os benefícios para a saúde seriam evidentes, a poluição diminuiria drasticamente, diminuiriam as desigualdades sociais, aumentaria a natalidade e a paisagem seria francamente mais aprazível.
Bem, não aderimos desta vez mas, aos poucos. lá chegaremos, pois com o actual estado de coisas, o nosso país vai ser o primeiro a dar o exemplo aderindo massivamente!


Foto retirada da net, ao acaso (nem todos(as) apreciarão a escolha, paciência...)

Pelos gritos de «goooooooolo» que ouvi há pouco, deduzo que Portugal esteja a ganhar... ainda bem que há quem não perca tempo com «iniciativas» destas e aproveite bem o seu tempo!

E para quem gostar de MPB



No próximo dia 14 de Junho, às 22h00, no Auditório Exterior do Teatro de Vila Real.
E este sim, é acessível a todos...
Espero que a noite esteja quente!

Bailado no programa de sexta à noite...

Graças à política de fidelização dos espectadores adoptada pelo Teatro de Vila Real, que consiste em oferecer bilhetes de vez em quando, a quem está inscrito na sua base de dados, tive hoje a oportunidade de assistir a este espectáculo. Aprecio a arte nas suas diferentes formas. Não entendo as técnicas mas os sentidos reagem positiva ou negativamente aos estímulos e isso para mim é que é importante.
Não foi o primeiro bailado a que assisti, evidentemente. Ainda bem que venci os últimos instantes de hesitação. Assim, as três partes “LES SYLPHIDES”, de Mikhail Fokine, “LENTO PARA QUARTETO DE CORDAS”, de Vasco Wellenkamp e “FRONT LINE”, de Henri Oguike corresponderam a três momentos de prazer, embora se tratasse de coreografias completamente diferentes.
Da leveza dos movimentos à intensidade dos ritmos, tudo se passou no palco, ao som de composições musicais envolventes.

A cultura deveria ser acessível a todos... (não acham?)

04/06/2008

Como S. Tomé: ver para crer!

Encontra-se na Galeria do JN a exposição de João Silva: Pesadelo.

A realidade é filtrada através da lente do repórter, que decide o quê e o que deve fotografar para que os nossos olhos alcancem a dimensão da tragédia humana! Mas ela é tão real que quase queremos que seja ficção. Ver, para crer!

Recebi a visita de
os_meus_rabiscos
e deambulando, prazenteiramente, pela sua escrita
descobri este
texto
singular mas muito frontal!

Na capital da Catalalunha

Em Barcelona há vida nas ruas...


...primaveras convidadas...



...cores e sabores estivais...


...música no ar...


...há luz e sombra...



...há pormenores e arte...



... e sonhos, para quem ousa sonhar...

... e muitos turistas!

02/06/2008

Adivinhação


Foto: Narcis Virgiliu
arrisco uma palavra solta
que me rasga latitudes infinitas

duendes e magos rastejam
sob o lodo inundado de um querer
que emerge do nada

videntes e bruxos consomem
fogos distintos de um sentir
perdido por oráculos obstinados

e os destinos fragmentados pelas estrelas
desviam rumos pendulares
sem rota predestinada

Irene Ermida

01/06/2008

Por terras de nuestros hermanos...



Além de objecto de adorno fora de uso, útil para refrescar em dias de calor as partes do corpo mais ruborizadas, elemento obrigatório da indumentária tradicional espanhola, o leque é também um meio de comunicação:


El Lenguaje de los Abanicos

El abanico colocado cerca del corazón: "Has ganado mi amor"
Cerrar el abanico tocándose el ojo derecho: " Cuando podré verte"
El número de varillas muestran la contestación a una pregunta: "A que hora"
Abanico medio abierto presionado sobre los labios: "Puedes besarme"
Las dos manos juntas sujetando el abanico abierto: "Olvídame"
Cubrirse la oreja izquierda con el abanico abierto: "No reveles nuestro secreto"
Esconder los ojos detrás del abanico abierto: "Te quiero"
Tocar con el dedo la parte alta del abanico: "Desearía hablar contigo"
Dejar el abanico descansado sobre la mejilla derecha: "Si"
Dejar el abanico descansado sobre la mejilla izquierda: "No"
Descender el abanico: "Seremos amigos "
Abanicarse lentamente: "Estoy casada"
Abanicarse rápidamente: "Estoy comprometida"
Poner el abanico sujetándolo sobre los labios: "Bésame"
Abrir totalmente el abanico: "Espérame"
Situar el abanico detrás de la cabeza: "No me olvides"
Situar el abanico detrás de la cabeza con el dedo extendido: "Adiós"
Situar el abanico delante de la cara con la mano derecha: "Sígueme"
Mantener el abanico sobre la oreja izquierda: "Deseo deshacerme de ti"
Mover el abanico alrededor de la frente: "Has cambiado"
Dar vueltas al abanico con la mano derecha: "Quiero a otro"
Llevar el abanico abierto en la mano derecha: "Eres demasiado ferviente"
Mover el abanico entre las manos: "Te odio"
Entregar el abanico cerrado: "¿Me quieres?"
Mover el abanico alrededor de la mejilla: "Te quiero"