Foto: Narcis Virgiliu
não me embalo na robustez do vento
não trilho veredas de nuvens informes
não me seco no instante fugaz do vazio
não navego na vacilante onda de espuma
não cresço em agrestes jardins sem raízes
não me afogo em inconstantes marés cheias
não me alimento da efémera torrente do vulcão
não estremeço no fluxo contínuo do volúvel
não combato inexistentes espectros de luz
não me resigno a inquietos ímpetos de fé
não derivo na intranquila corrente do rio
não flutuo em lagos de verdes pântanos
não, não me sinto nos outros sem mim
não trilho veredas de nuvens informes
não me seco no instante fugaz do vazio
não navego na vacilante onda de espuma
não cresço em agrestes jardins sem raízes
não me afogo em inconstantes marés cheias
não me alimento da efémera torrente do vulcão
não estremeço no fluxo contínuo do volúvel
não combato inexistentes espectros de luz
não me resigno a inquietos ímpetos de fé
não derivo na intranquila corrente do rio
não flutuo em lagos de verdes pântanos
não, não me sinto nos outros sem mim
Irene Ermida
3 comentários:
Cheguei aqui e deslumbrei-me. A sua escrita de um rigor extremo, a variedade dos assuntos e a sua poesia deixaram-me extasiado.
Adivinho uma Mulher de forte personalidade e de uma emotividade rara.
É um prazer imenso saber que existe!
Voltarei, se não for incómodo.
Suas palavras são fortes. Eu diria que seu verbo é um gládio afiadíssimo. Terçar hastas e brandir escudos vernáculos parece-me que é sua especialidade.
Amei este espaço.
Um enorme abraço!
cavaleirodoamor
agradeço a vinda e o elogio!
Será que é bom a adivinhar?!
É bom saber que alguém fica contente com a minha existência :))
E não incomoda nada.
mr.fart
as palavras saem ao sabor do pensamento... mas nada que se pareça com alguma táctica militar de ataque - defesa :))
Gostei da sua visita e das suas falas.
Abraço, porque não? :))
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