31/07/2009

Luz(es) 1


não há vento que me abale
nem dia, nem noite
que me atordoe

nasci árvore num continente
que podia ser africano ou asiático
ou nenhum deles, ou todos num só

é uma terra sem luz, sem rio
sem vazio

surda, ouço a cor do som
que me pinta num quadro
onde o verde é azul
e a água cega o olhar de quem não vê.
Irene Ermida



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