Uma coisa, qualquer que ela seja, se permanece demasiado tempo igaul a si própria, acaba por perder aos poucos a sua própria energia e torna-se letárgica. Até mesmo os castelos no ar só têm a ganhar com uma nova demão de tinta para ficarem com a «cara lavada».
Uma narrativa que nos prende da primeira à última linha, oscilando entre a realidade e a fantasia, em que o narrador retoma o passado no presente, com a intenção de reescrever a sua vida, dissimulando a cronologia dos acontecimentos, como se fosse possível partir do zero a qualquer momento. O narrador caminha para o abismo numa promiscuidade entre o imaginário e o real, acompanhado pelo leitor que mergulha na teia ora do improvável mas possível, ora do impossível mas provável.
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