«É curioso que as pessoas falem tão ligeiramente do futuro, como se o tivessem na mão, como se estivesse em seu poder afastá-lo ou aproximá-lo de acordo com as conveniências e necessidades de cada momento.» (pág. 176)
Aquando da publicação do livro, estava eu numa livraria com o próprio na mão e fui olhada com desdém por uma «senhora» que comentou: «Hum, Saramago!» Arregalei os olhos e sorri...
Alheia à polémica, li-o apenas agora, calmamente. Não sendo surpreendente, visto que toda a gente sabe das crenças do escritor e só o lê quem quer, é uma leitura crua sem espaço para distracções. Aliás, já o Evangelho o era! E gostei! Principalmente das evidências que são difíceis de dissimular e do estilo a que o Prémio Nobel nos habituou.
E, por mero acaso, agorinha mesmo lembrei-me do Nome da Rosa... cujo livro ainda não li, mas a acreditar no filme havia livros proibidos... e havia pessoas queimadas vivas... e ufa!!! que alívio! Já estamos no século XXI, embora às vezes não pareça!
Um 2010 com muitas leituras destas e de outras...
1 comentário:
Eu tive uma experiência idêntica...quando ia pagar o livro, o funcionário disse-me..." Então, vai levar o livro da moda, ao menos a polémica serve para vender."
Pois é, ainda bem que os tempos do fundamentalismo religioso, são coisas do passado.
Se um dia quiseres emigrar para Lanzarote, convida-me!!! Beijinhos
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