06/02/2010

«Começar a acabar»


Um belíssimo texto de Beckett numa interpretação excepcional de João Lagarto.

Como é que ficamos presos pelas palavras? Pela maneira como são escritas, mas sobretudo pela maneira como são ditas! O sentido que lhes conferimos ao interpretá-las subjectivamente e ao dar-lhes corpo e alma! A existir, a alma só existe na forma como se dizem as palavras! Não basta pensá-las e senti-las, é preciso corporizá-las em sons e só assim ganham vida!

A alternância entre o discurso demente e ilógico e o discurso lúcido e verosímil, transporta-nos à dimensão real e fantástica da dimensão do ser humano. E o amor subjacente a tudo, apesar de tudo, numa profundidade plena de sentidos!

Excelente espectáculo!

1 comentário:

Unknown disse...

Amiga, amiga! Há tanto tempo que não venho aqui. Gostei do artigo da inocuidade,no entanto, na minha modesta opinião, não acredito que haja pessoas assim tão inócuas, podem parecer, querem parecer, ficam lá muito sossegadinhas no seu canto e, sem menos contares , pumba, atacam. Pensei na aranha e nas suas artimanhas.
Um beijo
Lua Prateada