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há palavras que ficam presas no ar quando te respiro e te sinto em mim
numa espiral de sentidos tão sentidos e sem sentido
que só a loucura do amor entende o sonho que vagueia por jardins de emoções
e uma interrogação que acende gélidos vulcões
e explode em ondas que não são minhas mas são tuas
como se nada existisse entre os dedos colados das minhas mãos nas tuas
e o sorriso que descobre o momento que acontece sem tempo nem medida
que possa desvanecer a imagem de dois num só
e num mundo que gira no sentido que nós queremos
e toma a forma do que sentimos e renasce e cresce na absoluta certeza
entre uma lágrima que enternece e um sorriso que consome o destino infalível
e morro na tua boca que me inunda a alma
e o pensamento foge de mim para ti
numa pressa que só tu entendes
e amo o que há em ti,
amo o que há em nós.
Irene Ermida
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