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espremo o tempo contra o peito
como se dele quisesse mais alguns segundospara o ter na minha mão e deixá-lo fugir
o meu tempo é a estrada
sou partida
sou chegada
cansada
nasci sem tempo
sem asas
e não há pensamento
nem entendimento
para o que sinto
e nada
nada traz o vento
e não sei fugir
só sei planar invisível
num vácuo onde atraso os ponteiros da ausência
de mim e do mundo.
Irene Ermida
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