20/12/2011

sem nó(s)





há um nó(s) na voz que me incendeia
e na vontade de percorrer caminhos estranhos
estranha a mim que não existo 
nessa estrada que todos percorrem 
e vou numa descoberta
incompreensível
incerta
e viajo sem correntes 
há um nó(s) solto
não há amarras nem portos

há um navio num horizonte
e há um amor
sem alcance 
sem prudência
e olho as conchas
e sinto-as minhas.

e olho as ondas
e sinto o mar.

Irene Ermida





Sem comentários: