10/10/2012

regresso

e num regresso inflexível 
renasce a semente amarga que
 impedida de crescer 
semeia as nuvens nos meus lábios
vem beber na queda da lágrima
levada pelo vento
entontecida e estranha
no segredo de uma boca
há uma borboleta que apaga a memória.



Irene Ermida

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Não adormeças...
Este teu poema é um bom regresso. Escreves tão bem ou melhor que a outra Irene... eheheh...
Um beijo, querida amiga.