limpa
quero ser
e
imagino um bosque
atrofiado de fantasmas
entrelaçados
nos ramos das árvores
agitadas
por ventos quentes
quero ser
e
imagino um bosque
atrofiado de fantasmas
entrelaçados
nos ramos das árvores
agitadas
por ventos quentes
numa solidão de loucuras
de sintomas
de indícios
assisto à serenidade do regresso
de sintomas
de indícios
assisto à serenidade do regresso
na beleza da história
leio os vazios
crescentes de ânsias e de versos
leio os vazios
crescentes de ânsias e de versos
resisto aos encantos obscuros
de sóis pungentes
e transfigurada
persisto na saudade do efémero
de sóis pungentes
e transfigurada
persisto na saudade do efémero
5 comentários:
Lindo!
obrigada, saiu assim...
Recordo as entranhas onde existi anteontem
como a bola mágica das videntes trágicas,
estava escrito só que actos trazem consequências
e, se não der suprema importância a relances
que descaem da fala quando glória transborda
serei punido por não cumprir suas cantilenas mudas.
Ninguém quer saber d’esconderijos que persigno,
nem estilhaços de sarjetas que usei como escotilhas
para ultrapassar animosidades através de condolências,
apenas em comunhão com vibrações císmicas da terra
que incitam a embrulhar o fedor em caxemira
é que poderia ser surpresa e homenagear-nos.
Aprendi a desrespeitar-te por conhecer o nonsense
que digeri contrafeito, naturalidade avariada, apenas
guinchei ao sintetizador do ouvido extravagante,
pela música que partilhámos dentro de ti já ser outra
e, assim foi executado o requiem das perspectivas
a tal romance incongruente recebido à paisana.
A serenata de veneração que gravei no dorso
faz relembrar cada hora dos meses em autocarros,
adoptámos ausências vitrais, avassaladoras no conteúdo
para a falta de trânsito e boatos desse jogo restricto,
no silêncio da desoriginalidade cada lufada de ar
dardejava toda a endorfina e concentração contida.
Foi vergonha que me levou pela mão,
indicou-nos a oração de despedida e,
como submarino afundei uma civilização
para poderes enfrentar-te e ofuscar arcanjos,
simplesmente nunca consegui pronunciar nada,
nem sequer olhar-te nos olhos outra vez.
in TREPANAÇÃO/TREPIDAÇÃO
2004 J.M.
WWW.MOTORATASDEMARTE.BLOGSPOT.COM
IMPRESSIONANTE!!!
belo....
jocas maradas de palavras
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