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retoco o olhar com sombra azul
revejo-me no espelho por breves segundos
saio e vagueio por jardins diáfanos que me embelezam os sentidos
apanho o feixe de luz que incide na sombra de mim
vestida de transparências rústicas e prescritas
nego singularidades deturpadas de flores silvestres
porque de selvagens respiram
mergulho em lagos gelados que fortificam excentricidades ocultas de peixes rosados
porque de rosas se alimentam
beijo pássaros que persistem distantes das luas e dos sóis
sorrio aragens de satisfação genuína de fontes de águas castas
porque ninguém alcança
regresso impregnada de tranquilidades visíveis
retoco o olhar com sombra azul
revejo-me no espelho por breves segundos
e prossigo - incansável, consistente e sólida