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Remar contra a maré será uma expressão que traduz a persistência em afirmar ideias, princípios e postura na vida, apesar das adversidades que surgem em cada esquina.
Ficar de braços cruzados enquanto engolimos sapos acarreta consequências para a integridade moral, que pode destruir, corroer e lançar o ser humano num labirinto até se perder, sem bilhete de regresso.
Não dar o braço a torcer quando a crença de que o lado certo é mais forte do que qualquer evidência que nos queiram impingir, traz, com o passar do tempo, alguma debilidade de comportamento que pode levar, de vez, a perder a cabeça e a viver eternamente no mundo da lua!
Pôr as cartas na mesa pode custar os olhos da cara e levar-nos a passar o tempo com a pulga atrás da orelha.
Ser um osso duro de roer pode granjear o respeito e a admiração dos outros que, sentindo-se de mãos atadas, acabam, por vezes, a trepar paredes!
Quantas vezes se recebe um balde de água fria, por tentarmos manter a verticalidade que nos distingue de alguns zeros à esquerda que se pavoneiam sem pés nem cabeça na calçada atapetada de vermelho!
Riscá-los do mapa seria a solução mais confortável e deixaria margem para a evolução natural das coisas, antes que se transformassem em meras baratas tontas preocupados em infernizar a vida dos outros!
Mas, convenhamos que, fazer uma tempestade num copo de água, não contribui, de modo nenhum, para pôr os pontos nos is. Por vezes, é recomendável mandar essa gente pentear macacos e fazer vista grossa às asneiras que cometem.
Não adianta chorar sobre o leite derramado nem bater na mesma tecla! Importa antes armarmo-nos até aos dentes, arregaçar as mangas e meter mãos à obra!
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SEM LIMITES, SEM FRONTEIRAS, SEM TEMPO, SEM ESPAÇO, SEM COR, SEM NACIONALIDADE, SEM SEM SEM...
14/01/2008
13/01/2008
Entoação 3
o aroma galopante sobrevoa radiantes figuras
contrastantes meticulosas e adormecidas
sobrevoa ninhos de águias que vigiam as crias
de que preciso? sem interrogação gráfica
porque não é uma pergunta hesitante
restauro a imagem diluída no denso nevoeiro
e formo réplicas de animais extintos
que questionam existências derrotadas pelo paradigma
abolido por estrelas próximas e distantes
que apelam à suavidade de momentos eternos.
contrastantes meticulosas e adormecidas
sobrevoa ninhos de águias que vigiam as crias
de que preciso? sem interrogação gráfica
porque não é uma pergunta hesitante
restauro a imagem diluída no denso nevoeiro
e formo réplicas de animais extintos
que questionam existências derrotadas pelo paradigma
abolido por estrelas próximas e distantes
que apelam à suavidade de momentos eternos.
11/01/2008
Entoação 2
.
submersa na água doce do aquário couraçado
interpreto danças de duplos sentidos expirados
atravesso transparências e revolvo sombrias plantas
e sou um peixe colorido sem sina inventada pela cigana da praça
transgrido o vidro deambulante que se dissolve no ar
sem as regras ditadas pelos costumes arcaicos
e bailo por universos depurados e hostis
numa proporção ambígua de sons e ritmos vindos do calor de terra
onde as gentes encarnam os trópicos e cicatrizam as mágoas
submersa na água doce do aquário couraçado
interpreto danças de duplos sentidos expirados
atravesso transparências e revolvo sombrias plantas
e sou um peixe colorido sem sina inventada pela cigana da praça
transgrido o vidro deambulante que se dissolve no ar
sem as regras ditadas pelos costumes arcaicos
e bailo por universos depurados e hostis
numa proporção ambígua de sons e ritmos vindos do calor de terra
onde as gentes encarnam os trópicos e cicatrizam as mágoas
Entoação 1
resisto aos ventos que me assaltam sem cortar as horas
numa incessante busca deambulo ao sabor dos minutos infligidos pelo relógio
do parecer que estrangula árvores seculares e ramos singelos
avanço pelo limiar resplandecente que sufoca raízes profundas
olho em frente para o mar bravio que cintila sob nuvens sombrias
e derreto blocos glaciares de intensidades permitidas
05/01/2008
Poeira(s) 3
Estendo o manto do sono
nas minhas pálpebras de azul
e sustento os sonhos de vapores
que me embaciam o olhar adormecido.
Recuo apressadamente sob o véu ligeiro
de vermelho e de pérolas colorido
e languidamente deito-me na mesa rósea
coberta de invernos severos e tórridos
Preencho-me de talvez e de certezas
e agito o polvilho de censuras
que se enredam nos meus pés
como se âncoras fossem.
Levanto a poeira cósmica do livro proibido
e durmo nas páginas amenas da loucura.
nas minhas pálpebras de azul
e sustento os sonhos de vapores
que me embaciam o olhar adormecido.
Recuo apressadamente sob o véu ligeiro
de vermelho e de pérolas colorido
e languidamente deito-me na mesa rósea
coberta de invernos severos e tórridos
Preencho-me de talvez e de certezas
e agito o polvilho de censuras
que se enredam nos meus pés
como se âncoras fossem.
Levanto a poeira cósmica do livro proibido
e durmo nas páginas amenas da loucura.
Poeira(s) 2
Penetro na palavra despida
e sugo a seiva salgada
de ondas escritas no rio
que corre e pára incessantemente
nas margens do meu corpo.
Com falta de ar respiro o enigma
plantado junto aos meus dedos
e sopro o pó dourado da solidão
no feixe de luz apagado.
Silenciosa entro sem permissão
e rodeio o brilho luminoso da sombra
que embala os temerários deuses
destituídos dos venerados altares.
Folheio as pétalas de cobre
que ofuscam o silêncio dos ventos.
e sugo a seiva salgada
de ondas escritas no rio
que corre e pára incessantemente
nas margens do meu corpo.
Com falta de ar respiro o enigma
plantado junto aos meus dedos
e sopro o pó dourado da solidão
no feixe de luz apagado.
Silenciosa entro sem permissão
e rodeio o brilho luminoso da sombra
que embala os temerários deuses
destituídos dos venerados altares.
Folheio as pétalas de cobre
que ofuscam o silêncio dos ventos.
Poeira(s) 1
Rasgo segredos presos à doce utopia
jamais reduzida a memórias inverosímeis
de caminhos inacabados e perfeitos
Velo por riquezas desfeitas
perdidas e reencontradas
no ténue labirinto de fantasias fugidias
Ignoro alegorias e afogo-me em metáforas
Débil, prescindo dos mitos que me atraiçoam
sem imprimir marcas dúbias
nem libertar relâmpagos fáceis
de saudades sofreadas do amanhã
que demora no parapeito da janela
embaciada de lendas misteriosas
e de breves soluços que fogem de mim.
O ar húmido adensa-me o pensamento
e embrulha-me em nuvens de fumo e de pó!
jamais reduzida a memórias inverosímeis
de caminhos inacabados e perfeitos
Velo por riquezas desfeitas
perdidas e reencontradas
no ténue labirinto de fantasias fugidias
Ignoro alegorias e afogo-me em metáforas
Débil, prescindo dos mitos que me atraiçoam
sem imprimir marcas dúbias
nem libertar relâmpagos fáceis
de saudades sofreadas do amanhã
que demora no parapeito da janela
embaciada de lendas misteriosas
e de breves soluços que fogem de mim.
O ar húmido adensa-me o pensamento
e embrulha-me em nuvens de fumo e de pó!
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