Penetro na palavra despida
e sugo a seiva salgada
de ondas escritas no rio
que corre e pára incessantemente
nas margens do meu corpo.
Com falta de ar respiro o enigma
plantado junto aos meus dedos
e sopro o pó dourado da solidão
no feixe de luz apagado.
Silenciosa entro sem permissão
e rodeio o brilho luminoso da sombra
que embala os temerários deuses
destituídos dos venerados altares.
Folheio as pétalas de cobre
que ofuscam o silêncio dos ventos.
2 comentários:
...se abandonem os altares...
da solidão...
e nos ventos silenciosos, sobrevenham brisas mornas e aconchegantes.
beijo
a carlos
brisas mornas em vez desta ventania gélida!
bj
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