05/01/2008

Poeira(s) 1

Rasgo segredos presos à doce utopia
jamais reduzida a memórias inverosímeis
de caminhos inacabados e perfeitos
Velo por riquezas desfeitas
perdidas e reencontradas
no ténue labirinto de fantasias fugidias
Ignoro alegorias e afogo-me em metáforas
Débil, prescindo dos mitos que me atraiçoam
sem imprimir marcas dúbias
nem libertar relâmpagos fáceis
de saudades sofreadas do amanhã
que demora no parapeito da janela
embaciada de lendas misteriosas
e de breves soluços que fogem de mim.

O ar húmido adensa-me o pensamento
e embrulha-me em nuvens de fumo e de pó!

2 comentários:

Carlos disse...

Quase como «castelos na areia »

bj

Irene Ermida disse...

a carlos

hum...não...nem quase...
beijo