28/12/2009

desassossego(s) 1






desassossega-me a chuva
em corpo de gente
que desfia palavras
e gotas
loucas de vento
e de esperança

que ficam no tempo
impenetrável e esférico

não sonho distâncias
nem amarguras

limpo as estrelas do céu
e bebo a água
do tempo da chuva.

Irene Ermida

2 comentários:

Unknown disse...

Olá Irene,

não te sabia poeta do vento, da chuva e do desassossegoe da esperança. Parabéns. JP

Irene Ermida disse...

Obrigada pela vista, João
São meros percursos alternativos para manter a lucidez activa. :)