Um instante insólito, enquanto caminhava ontem ao longo da praia, sucedeu-me inesperadamente.
Dedicava-me ao meu exercício de desentorpecimento do corpo e do espírito quando, repentinamente, me senti «uma ilha»!
Havia o mar, o sol, as pessoas mas, como uma ficha desligada da corrente, experimentei uma sensação de que tudo à minha volta era um imenso absurdo!
E pensei: se me evaporasse agora, tudo continuaria exactamente igual por milhares de anos!
Afinal, o que marca a diferença?!
Dedicava-me ao meu exercício de desentorpecimento do corpo e do espírito quando, repentinamente, me senti «uma ilha»!
Havia o mar, o sol, as pessoas mas, como uma ficha desligada da corrente, experimentei uma sensação de que tudo à minha volta era um imenso absurdo!
E pensei: se me evaporasse agora, tudo continuaria exactamente igual por milhares de anos!
Afinal, o que marca a diferença?!
10 comentários:
o tempo marca a diferença!
será!
fiquei baralhado com a tua "ilha"...
se é a sensação que já experimentei uma vez então já percebi pelo que passaste.
:-)
a minha «ilha» provavelmente foi como a tua e a de muitas outras pessoas... é como se, de repente, não pertencesses àquele enquadramento e sentisses que a nenhum outro!
como se flutasses e fosses transparente...
solidão na sua mais pura essência?
consciência da precariedade da vida humana?
lembrei-me agora de Sartre e de Virgílio Ferreira...
Tomar consciência desse absurdo oferece-nos o optimismo para encarar a vida.
Mas afinal, a sensação foi boa ou má?
Sei...
É uma daquelas sensações que temos em privado e que nos paralizam um momento, pela enormidade, pelo peso e pela nitidez com que se impõem...
O mundo não pararia, mas isso é bom, não é...? :-)
Abraço!
o que marca a diferença é muitas pessoas não se darem conta que nada muda se elas se forem...
*paralisam
(dei conta só agora...)
Peço licença para ser pretensiosa e com a mania de que já vivi muito (presunção e água benta....) mas creio que a diferença passará por haver alguém, que um dia, vai colocar os pés no exacto sítio onde colocou os seus e lembrar-se de si, com um sorriso a rebentar de ternura e de saudade.Nessas ocasiões, quem já deixou este momento,vive dentro de cada um de nós e não pára sossegado.
a zizito
boa ou má,foi uma sensação estranha...
a pirata
que animador! o saber como doença letal não me agrada; isso significaria atingir um patamar e por lá permanecer o que me 'cheira' a estagnação; 'dissociação mental'? essa agrada-me... adoro prefixos de negação...
a maria manuel claro que é bom! sentir-me-ia muito mal se soubesse que isso aconteceria!!! (nem vi o «paralizam»... e isto preocupa-me!)
a vício
excelente observação! ainda bem que dei conta a tempo! rsss
a salta pocinhas
gostei desse pretensiosismo! :-)
Obrigado pela visita ao meu modesto blog, podes aparecer sempre. A diferença esta nas pequenas coisas. um abraço.
Acho que nada faz realmente a diferença e como tal, resta-nos agarrar os momentos que vamos construindo nas nossas pequenas ilhas!
Saudações infernais!
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