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uma suspeição que circunda a chama do fósforo
que arde inteiro por entre dedos e lábios
de pálpebras e olhares enclausurados
dobras-te em ângulo recto e sopras palavras ténues
de tanta suavidade incontida e desprezada
saber que foges pelos arbustos adormecidos
por sonhos moribundos de cinturas finas
cais da cama de penas enlutadas de ciúme e de infortúnioporque cantas?
de palavras choras e em palavras habitasno ancestral dilúvio te escoas e te intrometes
resistes porque da natureza te fazesgritas do umbral e projectas distâncias triviais
porque fendes e não esqueces?ora ora
nem sabes quem eu sou
nem de que sou feita na tua mente
1 comentário:
Um diálogo? Que dure mais que a chama de um fósforo.
Um beijo
Daniel
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