11/04/2007

(In)suspeição 1

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imagem do google
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uma suspeição que circunda a chama do fósforo
que arde inteiro por entre dedos e lábios
de pálpebras e olhares enclausurados
dobras-te em ângulo recto e sopras palavras ténues
de tanta suavidade incontida e desprezada
saber que foges pelos arbustos adormecidos
por sonhos moribundos de cinturas finas
cais da cama de penas enlutadas de ciúme e de infortúnio
porque cantas?
de palavras choras e em palavras habitas
no ancestral dilúvio te escoas e te intrometes
resistes porque da natureza te fazes
gritas do umbral e projectas distâncias triviais
porque fendes e não esqueces?
ora ora
nem sabes quem eu sou
nem de que sou feita na tua mente

1 comentário:

Daniel Aladiah disse...

Um diálogo? Que dure mais que a chama de um fósforo.
Um beijo
Daniel