18/05/2007

de sombras

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http://prismes.free.fr/myst.htm


imito o som da ave que, frenética, enceta um voo delirante
esbarro no remoto muro de solidez e opacidade
mãos revoltas tão vazias e cheias de tudo

rebelo-me contra vagas de saudades que povoam recantos ocultos
tropeço na lágrima obstinada reflectida no espelho
embaciada na solidão que deixaste

um mundo de sombras coexiste
de mim de ti
p'ra nós

6 comentários:

jg disse...

Irene,
Há uma relação directa entre o conteúdo das tuas postagens e a hora a que as escreves/editas. Isso leva-me a crer que as editas em directo, certo?!

Irene Ermida disse...

em directo, a «quente», sem premeditação, ao sabor das ideias, sentimentos, emoções... «tout court»... :-)

Maria Manuel disse...

Foste "mimetizada"... :-)

Bom fim de semana!

Daniel Aladiah disse...

E sendo tu, que mais haverá por aí? :)
Um beijo
Daniel

Irene Ermida disse...

a maria manuel
isto é «artifício» poético, nada mais... eu e as palavras e elas comigo; apenas e só. (?)
mimetismo implicaria «transfigurar-me» em função dos outros, por isso, não me parece... mas a interpretação é sempre livre!

a daniel
um «eu» que se distancia de si mesmo para se ver a si própria: um óptimo exercício! :-)
beijo

Maria Manuel disse...

Desculpa, queria dizer que foste "memetizada"... :-) e é um desafio em cadeia, mas sem imitações...!