26/12/2006

Amor a quanto obrigas!



Hoje, em pleno decurso do almoço de Natal em família, contava o meu pai um episódio da juventude dele, com os pormenores que a memória de 80 anos ainda lhe permite recordar viva e claramente.
A meio da prelecção, mencionou o facto de percorrer, a pé, uma distância de 12 quilómetros, que hoje demora apenas dez minutos de carro, para namorar com a minha mãe, quer fosse Inverno, quer fosse Verão!
Não prestei atenção ao resto da história... e ainda comentei para os meus irmãos: é por isto que nunca, jamais, em tempo algum, podiam ter pensado sequer em separar-se!!!
Observei a minha mãe que, orgulhosa desse dedicado amor a que sempre soube corresponder, desviou o olhar para baixo, como se um rubor ainda a perturbasse como nesses tempos de ansiosa espera!
Cinquenta anos de vida em comum!!! Com tantos altos e baixos, com tantos momentos leves e alegres, quantos os pesados e tristes!
Uma lágrima engasgou-se-me na garganta! Não segui os passos deles... mas a comoção que me invadiu fez-me sentir um orgulho do tamanho do universo em ambos, que souberam desafiar e vencer o destino!!!

7 comentários:

Daniel Aladiah disse...

cada vez mais raro, mas sempre comovente...
Tudo de bom para 2007!
Um beijo
Daniel

antonior disse...

Obrigado pela visita ao meu espaço e pelas palavras deixadas.
Desejos de um bom Tempo festivo!

Que em 2007 encontres o espaço e a energia para realizares mais um patamar na construção dos teus objectivos...e quando desejares, lembra-te que quando desejamos, quase nunca desejamos aquilo de que precisamos e, muitas vezes não desejamos o que é melhor para nós, pelo contrário :-)

Numa palavra, que o futuro te dê o que precisas.

Beijos

Vício disse...

cada pessoa é unica e apesar de a vida deles ter sido dessa forma, não quer dizer que a tua por ser diferente não possa ser repleta de momentos leves e alegres!!

Irene Ermida disse...

eles também tiveram momentos «pesados e tristes», assim como também eu tenho os meus «leves e alegres»;
admiro a capacidade que tiveram de «permanecer» apesar de tudo...

:-)

aDesenhar disse...

mudam-se os tempos...
mudam-se as vontades...
esses eram tempos em que o amor movia montanhas...

:-)

Anónimo disse...

Só quem tem pais como os nossos sabem o que é isso !! Os tempos deles foram outros, o que não significa que abriram mão de serem felizes. Simplesmente souberam - ou foram ensinados - a viverem de outra forma. O amor foi transformado em companhia, cumplicidade, respeito...
Não que hoje isso não exista, mas é mais raro. As pessoas querem encontrar a "tal" felicidade, mas se esquecem que ela mora dentro do peito. Infelizmente a vida não é, na maioria das vezes, como sonhamos, mas ainda podemos realizar muita coisa e mudar os sonhos !!
Um grande beijo, com saudades !

Irene Ermida disse...

oi prima
adorei o teu comentário! tudo do melhor para ti!!!
beijos