03/12/2006

REacender(es) 3


a noite desponta

a lua desenha-se

vibram as estrelas

esmorece a luz

e o sonho torna-se vida

os vultos agitam-se

os medos pulsam

pressente-se a solidão

acaricia-se a quimera

e o sonho solta-se lento

o fantasma aparece

a visão mortifica

estremecem as paredes

tremem as janelas

e o sonho voa

o sonho parte

o sonho morre

5 comentários:

Anónimo disse...

... no dia seguinte desperta o sol e o sonho ganha alento novamente...
por isso não deixes o sonho morrer, porque, por cada sonho que deixas morrer, é uma parte de ti que também desaparece!

Irene Ermida disse...

Tens toda a razão, por isso ainda ando por cá!!! :)Viva e sonhadora, sempre, e não desisto dos meus sonhos. Não é o sonho que comanda a vida?!

Anónimo disse...

subscrevo lover,
nunca deixes o sonho morrer!!!

o sonho é alimento!
quando se fica sem sonhos, dá-se início a uma morte lenta...

Irene Ermida disse...

A croqui
Concordo plenamente. e quantos mortos vivos andam por aí!!! Esta poesia escrevi-a há uma década atrás, numa fase menos boa... Nunca abandonei os meus sonhos, embora tenha despertado de alguns que, por sua vez, foram substituídos por outros com mais força.
Obrigada pela visita.

Irene Ermida disse...


Também as boas memórias podem alimentar sonhos! Não é por acaso que se diz «recordar é viver»! Há momentos que perduram para sempre e pessoas que ficam sempre em nós.
Beijo