07/04/2007

Rascunhos 3

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A foto foi enviada pelo meu querido amigo Francisco que me ajudou na procura mas perdeu a referência de onde a tirou!
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um sorriso desliza pelos lábios
e uma borboleta bate asas

ensaios vividos
entre equações e cálculos
entre sinopses e esboços
de energias aglutinadas vindas e crescidas de temerários reflexos
desfraldo velas
solto aves
e pincelo o abraço ao mundo que me aguarda
para além de tudo que sufoca entre as paredes

pulverizada
repartida
e
ferverosa
derreto-me entre gelos polares
e atravesso incólume tempestades de areias
rodeada de cintilantes estrelas
e uma interrogação toma corpo e voz
e ecoa por entre mim

quando parte o voo?


5 comentários:

Daniel Aladiah disse...

Querida Irene
A poesia num sorriso de uma borboleta, símbolo da mudança...
Um beijo
Daniel

Nilson Barcelli disse...

O voo nunca parte, já que quebrado não funciona.
E pulverizada, muito menos...
Beijos.

Anónimo disse...

além da mudança
eu gostaria de realçar
a força e sensibilidade do poema
em contraste com a delicadeza e fragilidade da borboleta.
misturando tudo isto resulta numa agradável leitura e
no fim e com razão
também termino
"quando parte o voo?"

:-)

Anónimo disse...

quando se perde a referência da foto, basta ver as propriedades dela como neste caso dá " borboleta verde ".
fazendo uma pesquisa em imagens do google, ela aparece num blog que as utiliza como decoração.
pode ter sido aqui:www.poemar.com

se servir a dica!
:-)

p.s. se quiseres não publiques o comentário ok!

Irene Ermida disse...

a daniel
a metamorfose é inevitável, mas, na maioria das vezes, invisível ao cego que não a quer ver... só poetas e loucos a podem apreciar!
Beijos

a nilson
há-de partir um dia
com ou sem asas
restaurado, recauchutado, reformado
mas parte, de certeza!
...

a desenhar
gosto de contrastes, sem dúvida!
e, se o homem quiser, o voo parte todos os dias...

obrigada pela dica; não encontrei a foto, mas fizeste-me descobrir um site esplêndido! já adicionei aos favoritos.