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Recebi um convite para falar de livros. Não sei falar deles. Sinto-os. Tenho uma relação especial com eles. Não os devoro. Pego-lhes. Folheio-os de trás para a frente. Amo-os pelo cheiro, pela visão e pelo tacto. Saboreio-os. Ouço-os. Contam-me histórias. Faço amigos. Lentamente, disseco palavras, linhas, entrelinhas. Avanço, recuo. Um prazer sereno e empolgante que me vai acordando pela noite dentro.
Leio sempre, mesmo quando o livro de cabeceira - neste momento, Tango, da argentina Elsa Osório - se mantém fechado durante dias e dias. Gosto de o ter ali, à mão.
Por vezes, leio dois, três livros no mesmo período de tempo, um de cada vez, alternando entre eles. Gosto assim.
A Religiosa de Diderot marcou-me aos doze anos. Um contributo para a minha tempestade de ideias sobre a religião durante a adolescência.
Victor Hugo fascina-me com Os Miseráveis pelos volumes, pelo enredo, pela força da escrita.
O génio de Camões patente na epopeia d'Os Lusíadas intriga-me pela forma: dez cantos, 1102 estrofes que são oitavas decassilábicas, sujeitas ao esquema rímico fixo AB AB AB CC e atrai-me pelo concílio dos deuses, pelos amores de Pedro e Inês, pelo Adamastor.
Timbuktu fez-me descobrir Paul Auster, um escritor norte-americano que contraria tendências rotineiras de literaturas para consumo e já me fez companhia com O Livro das Ilusões, A Noite do Oráculo, Música ao Acaso, A trilogia de Nova Iorque.
Cem Anos de Solidão despoletou o gosto pela literatura hispânica e guiou-me pelo universo mágico de Gabriel Garcia Márquez!
Tantos outros nomes de escritores que ficam de fora, mas não menos importantes nas minha preferências literárias: Torga, Sophia, Eça de Queirós, Lobo Antunes, Saramago... poderia enumerar dezenas, centenas, portugueses e estrangeiros, que ficariam sempre alguns por referir.
Para dar sequência a esta cadeia, dirijo o meu convite aos seguintes blogues vizinhos:
Recebi um convite para falar de livros. Não sei falar deles. Sinto-os. Tenho uma relação especial com eles. Não os devoro. Pego-lhes. Folheio-os de trás para a frente. Amo-os pelo cheiro, pela visão e pelo tacto. Saboreio-os. Ouço-os. Contam-me histórias. Faço amigos. Lentamente, disseco palavras, linhas, entrelinhas. Avanço, recuo. Um prazer sereno e empolgante que me vai acordando pela noite dentro.
Leio sempre, mesmo quando o livro de cabeceira - neste momento, Tango, da argentina Elsa Osório - se mantém fechado durante dias e dias. Gosto de o ter ali, à mão.
Por vezes, leio dois, três livros no mesmo período de tempo, um de cada vez, alternando entre eles. Gosto assim.
A Religiosa de Diderot marcou-me aos doze anos. Um contributo para a minha tempestade de ideias sobre a religião durante a adolescência.
Victor Hugo fascina-me com Os Miseráveis pelos volumes, pelo enredo, pela força da escrita.
O génio de Camões patente na epopeia d'Os Lusíadas intriga-me pela forma: dez cantos, 1102 estrofes que são oitavas decassilábicas, sujeitas ao esquema rímico fixo AB AB AB CC e atrai-me pelo concílio dos deuses, pelos amores de Pedro e Inês, pelo Adamastor.
Timbuktu fez-me descobrir Paul Auster, um escritor norte-americano que contraria tendências rotineiras de literaturas para consumo e já me fez companhia com O Livro das Ilusões, A Noite do Oráculo, Música ao Acaso, A trilogia de Nova Iorque.
Cem Anos de Solidão despoletou o gosto pela literatura hispânica e guiou-me pelo universo mágico de Gabriel Garcia Márquez!
Tantos outros nomes de escritores que ficam de fora, mas não menos importantes nas minha preferências literárias: Torga, Sophia, Eça de Queirós, Lobo Antunes, Saramago... poderia enumerar dezenas, centenas, portugueses e estrangeiros, que ficariam sempre alguns por referir.
Para dar sequência a esta cadeia, dirijo o meu convite aos seguintes blogues vizinhos:
8 comentários:
São efeitos dos Stones!
outro convite!
:-)
hum!
preciso de tréguas.
esquisso: estás nomeada para as 7 maravilhas da blogoesfera.
em http://osentidodascoisas.blogspot.com/2007/06/7-maravilhas.html
Olá Irene!
Venho agradecer, as ternas palavras no meu mundo deixadas. Sou assim como viste, alguém que busca no caminho do seu ser o sentido da vida. Cada livro contém uma história, uma vida outrora vivida, um livro foi em tempos, o sonho e alma de alguém.
Beijo Sentido
É muito bonito este teu parecer.
Dizes que não sabes falar deles; talvez...
mas
vê-se que gostas de livros, desde o objecto até à escrita e tornas-te bonita, por isso.
Obrigado,Irene, pelo convite. Não continuo estas cadeias, mas deixo-te algo sobre o que penso dos livros. São, obviamente, uma paixão para mim. Ultimamente, são mais os livros técnicos-científicos, que também aprecio imenso. Dos 5 autores, já li 4 com o mesmo agrado. Não li Paul Auster... mas são tantos os autores e eu tenho tão pouco tempo para ler "romances", que me levam a não estar actualizado.
A escrita é muito importante para mim, mais do que a leitura, hoje em dia, confesso...
Um beijo
Daniel
a adesenhar
está bem, tréguas. vou desistir desatas «ondas»!
visitei a página que me indicaste mas tive pouco tempo e só agora é que dei conta do prazo!
vou ver ainda tenho tempo.
a sentidos
foi um prazer ter estado por esses lados! agradeço teres retribuído a visita.
a pirata
pois... um dos meus sonhos: abrir uma livraria...
a daniel
dificilmente se está actualizado nas leitura, com tanta publicação e escritores
alturas houve em que sentia uma certa angústia em saber que nunca teria tempo para ler tudo o que há, mas aprendi que o que interessa é ir lendo o que nos agrada.
Olá Irene, peço desvulpa por só agora responder a este teu desafio, e como a minha vida tem estado um autêntico caos prometo falar de um livro ou de vários e de um autor. Um abraço do sul
Bora!
A meias... aí,
queres?
a ailéh
ora, se e quando te apetecer...
e esse caos espero que seja revigorante!
bjs
a pirata
??? por vezes não te entendo... será algum bloqueio norte/sul?
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