são linhas e formas cozidas à força de paladares isolados num desprendimento da alma que não existe mas permanece num universal conceito de movimentos indispensáveis à vida que se eleva num salto e nos puxa para dentro de nós e fica lá ancorada no fundo do pensamento e desperta a dúvida demorada em contraposições e suposições remotas dando sinal inequívoco às gerações que afinal tudo é circular e contínuo e somos apenas prolongamento uns dos outros e deitados quietos e encolhidos crescemos na noite e no dia ao som da harpa mais milenar de todas as harpas sem nomes mudos e anónimos.
Irene Ermida
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