10/12/2006



20h30 - Ligo à N. - não, não vou sair; Ligo à L. - vou a um concerto. Ah, também recebi o convite... vou levantar o bilhete.
Enfio-me no Auditório Pequeno (para se distinguir do Grande!!!) a ouvir algo que, aos poucos, me vai triturando interiormente! Aqueles sons diabólicos roubados a um vibrafone (isto é nome que se ponha a um instrumento musical?!) que balançam entre a música para embalar bébés e música oriental causam, gradualmente, uma ressonância no meu cérebro como se vazio estivesse (não admira depois do dia intenso que tive!!!).
O telemóvel vibra... mas não fone, claro! Uma sms de um amigo... hum, ok... assim que pude, avisei a L. que ia sair. Às escuras, mas provavelmente dando suficientemente nas vistas, saí logo no final da actuação, com receio que a insistente salva de palmas os fizesse regressar ao palco e o martírio não tivesse fim logo naquele instante!
Já cá fora, a respirar o frio e sem ar, vi a minha suspeita confirmada no écran do telemóvel: «Eles voltaram... arranja mesa no cc.» Não fui ao cc, mas recuperei depressa da asfixia mental que o concerto me provocara, divagando ao sabor de uma bebida e de uma conversa sobre tudo e sobre nadas.

1 comentário:

Irene Ermida disse...

cc - café-concerto: o único sítio ainda decente na noite desta cidade de interior! A asfixia aumenta de dia para dia... Faz-me falta o mar!!! HUm... um dia destes... decido-me e já faltou mais!