Que jogo é este jogo se é ainda um jogo
fora de qualquer regra ou de um ardil ou de um remorso
- o desafio de uma inocência viva no claro obscuro
no jardim de uma única árvore de uma única estrela
límpida e negra como o olhar de uma mulher sem voz...
que jogo é este que não duplica nem ecoa
um silêncio que se mantém inalterável
no instante de um jardim no fluir do poema
Como poderia o poema calá-lo se resplandece sem fim
em cada sílaba fragmentando-se
e fluindo respirando o instante absoluto
de um jardim
quase perdido e sem se perder
constituindo-se no fluir evanescente do poema?
E será o fogo do instante de um jardim
que o poema preserva sem o traduzir
sem o trair?
SEM LIMITES, SEM FRONTEIRAS, SEM TEMPO, SEM ESPAÇO, SEM COR, SEM NACIONALIDADE, SEM SEM SEM...
11/12/2006
António Ramos Rosa:
O poeta que festeja o aniversário no mesmo dia que o meu pai
Este poema é um inédito de A.R.R. de 22 Jan. 2005
publicado no JL 6-198 Dez.
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2 comentários:
poesia e James Bond... no discorrer da vida....
Um beijo
Daniel
E da poesia se faz palavras e sentires!!
Um dos meus poetas preferidos!
Um abraço ;)
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