Por coincidência e, não por qualquer deliberação voluntária de associação à necessidade de conservar, na consciência, o passado, confrontei-me recentemente com três livros:
«Memórias das Minhas Putas Tristes» de G. G. Márquez;
«As Pequenas Memórias» de José Saramago;
«A Misteriosa Chama da Rainha Loana» de Umberto Eco.
O primeiro, acabei ontem de o ler... e sou suspeita para emitir opinião, pois aprecio a literatura deste escritor de tal modo, que nunca resisto a comprar um livro com a sua «marca»! O segundo, consta da lista dos próximos a ler... O terceiro, é o meu livro de cabeceira desde há três semanas...
O que há de comum entre eles? «Memórias»!!!
O que me fez pensar... que necessidade nos obriga a sustentar as memórias?! Haverá uma fase da vida em que passem a ser imprescindíveis?! O que seríamos nós sem esse arquivo de lembranças mais, ou menos, nítidas, alimentadas pela nossa imaginação?!
No livro de Eco, a questão é mesmo essa: a personagem principal, Yambo, perde a memória após um AVC! O seu regresso ao quotidiano fá-lo explorar o caminho da virgindade de experiências, visto que não reconhece nada, nem ninguém. Conserva a memória implícita e a memória explícita semântica... é capaz de recitar trechos de obras que lera anteriormente... mas perdeu a memória explícita autobiográfica... Fascinante!!!
«Memórias das Minhas Putas Tristes» de G. G. Márquez;
«As Pequenas Memórias» de José Saramago;
«A Misteriosa Chama da Rainha Loana» de Umberto Eco.
O primeiro, acabei ontem de o ler... e sou suspeita para emitir opinião, pois aprecio a literatura deste escritor de tal modo, que nunca resisto a comprar um livro com a sua «marca»! O segundo, consta da lista dos próximos a ler... O terceiro, é o meu livro de cabeceira desde há três semanas...
O que há de comum entre eles? «Memórias»!!!
O que me fez pensar... que necessidade nos obriga a sustentar as memórias?! Haverá uma fase da vida em que passem a ser imprescindíveis?! O que seríamos nós sem esse arquivo de lembranças mais, ou menos, nítidas, alimentadas pela nossa imaginação?!
No livro de Eco, a questão é mesmo essa: a personagem principal, Yambo, perde a memória após um AVC! O seu regresso ao quotidiano fá-lo explorar o caminho da virgindade de experiências, visto que não reconhece nada, nem ninguém. Conserva a memória implícita e a memória explícita semântica... é capaz de recitar trechos de obras que lera anteriormente... mas perdeu a memória explícita autobiográfica... Fascinante!!!
Acordar para a vida e, de repente, não existir nada para trás... Nem nome, nem idade, nem laços, nem história... Trilhar o caminho como se tudo fosse novo para os sentidos!!! Ver o sol como se de uma estrela recém-descoberta se tratasse, dar o primeiro beijo, ler o primeiro livro, cheirar o primeiro perfume...
Abolir o prefixo re- e nascer para a vida para vivê-la!!!
2 comentários:
Reflectindo:
Sem memória, deixaríamos de ser «sujeitos» e passaríamos a «objectos». Ter «história» é acima de tudo termos um lugar no cosmos.
Ter memória do primeiro amor, por exemplo, não será importante?!
Há memórias que nos preenchem alguns vazios positivamente, sem dúvida. E, sem querer contestar completamente o seu comentário, por vezes, apetece não recomeçar, mas apenas começar, mesmo que fosse para cometer os mesmos erros...
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