Há um mês atrás, mais com o intuito de conhecer a Casa da Música, do que pela curiosidade de assistir ao concerto, realizei uma incursão pela música de Steve Reich. Acompanhada por um amigo autóctone da cidade invicta, e após uma excelente conversa numa esplanada à beira-mar, transpus a escadaria apinhada de público nervoso, e encontrei-me perdida no interior de uma obra arquitectónica extremamente sedutora e geometricamente atraente.
A pontualidade (diria britânica) do espectáculo obrigou a um adiamento de uma visita mais pausada e atenta.
Enquanto o meu olhar absorvia o ambiente humano e perscrutava os contrastes entre os materiais usados no espaço, os minutos passaram e, de repente, os meus ouvidos concentraram-se em sons cristalinos que, pela repetição, nos prendem hipnoticamente.
Confesso que o choque de tal minimalismo sonoro me deixou perplexa, sem apreender de imediato as alterações quase imperceptíveis ao longo da interpretação da peça.
A «coreografia», que é proporcionada pela troca de instrumentos entre os executantes e a perícia dos vibrafones tocados a quatro mãos, é um dos atractivos que envolve o olhar atento do público rendido aos encantos acústicos.
Esta «memória» é dedicada ao Pedro Lencastre, da companhia ilimitada deste blog, que atravessa um momento menos fácil, mas que, em breve, restabelecido, voltará para prestar o seu contributo e, desta vez, visivelmente!
5 comentários:
Uma prova bonita de amizade... que sorte o Pedro ser teu amigo!!!
E vice-versa! Ao contrário do amor, a amizade não deixa espaço para equívocos.
E brindemos`a AMIZADE!
Os amigos precisam de sentir que nunca estão sós!E, mesmo sem conhecer esse teu amigo, ele deve estar feliz por essa prova. E vai recuperar mais depressa para te dar o prazer de estar aqui.
Desejo que se restabeleça o mais depressa possível, por ele, por ti e por nós.
Já fiz um comentário e não aparece. Se calhar, mais uma vez, não soube enviar. Enviei como anónima. Fiz um brinde à Amizade!
E é tão bom saber que os amigos existem, que pensam em nos, que estão contentes quando estamos, e ficam tristes com as nossas tristezas! E tudo assim fica mais fácil, mais colorido...
És uma querida! Tens que esperar que eu publique o comentário...
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