Recordo a expressão e reacção da minha avó, quando lhe anunciava provocatoriamente alguma novidade mais adiantada no tempo e ideias: - então... - dizia com um encolher de ombros simultâneo.
Não a entendia nessa altura, mas dava-me especial prazer a sua atitude de indiferença e resignação...
Já cheguei ao ponto em que compreendo esse olhar distante, como se o mundo a ignorasse e ela retribuísse da mesma forma, como se ambos vivessem numa irreconciliação sem retorno!
Mas, de quando em vez, concedo-me um parêntesis preenchido com alguma indignação ou, pelo menos, espanto!Então o ministro da Saúde tem um sentido de humor tão refinado que se permite tecer «piadas» em público, sobre enforcamento ?!
Tempos houve em que momentos infelizes do género implicava a demissão!
Tempos houve em que momentos infelizes do género implicava a demissão!
4 comentários:
Uma observação muito pertinente! Causa-me algum reconforto pensar que quem tem responsabilidades, tem obrigatoriamente consciência do projecto em que participa. Mas, ler as suas palavras acordaram-me... nem sempre (quero ainda acreditar...) é assim!
se eles brincam com a vida, ou com as condições dela, de tanta gente porque não brincar também com a morte?
Irene
com a TV pela frente, de preferência em horário nobre, é o momento ideal para lançar a piada da semana (para consumo interno) e desviar as atenções da sua estranha política, para não acelerar
a tão anunciada saída.
o zé povinho lá vai consumindo com gosto
as piadinhas dos nossos Excelentes Ministros.
:-)
Então...
Ainda se espantam?
Dantes, era hábito dizerem para nos sentarmos quando havia uma notícia medonha, incrível, inacreditável, para não cairmos.
Hoje, devido à proliferação de tantas boas ou más novas, a gente fica imunizada e já nem precisa de se sentar pq tb já nem caímos e as cadeiras deixam de fazer falta. Então?
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