02/01/2007

Flutuações 2 (versão II)


APRENDER

Depois de algum tempo, aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. (...)
E não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida.
Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida. (...)
Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida, são tiradas de ti muito depressa; por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vemos. (...)
Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém.
Algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas tu serás em algum momento, condenado.
Aprendes que não importa em quantos pedaços teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes.
E, finalmente...
Aprendes que o tempo, não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperar que alguém te traga flores.
E percebes que realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor, e que tu tens valor diante da vida! (...)
E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!

Shakespeare
Obrigada, meu querido Carlos, por esta versão! E já agora ainda há mais aqui.

4 comentários:

Irene Ermida disse...

A Carlos
Não identifico a peça a que pertence este excerto... diz lá, ok?
E quanto ao resto não te penitencies; estava no meu momento de «lavar a alma» mas já produziu efeito tipo espinafres no Popeye, ou poção mágica no Obélix!!!
A eterna incompreendida... :-)
Um beijo ti!

Maria Manuel disse...

Gostei muito do texto, das suas verdades lapidares e gostaria de saber a referência bibliográfica completa... Pode ser?

Irene Ermida disse...

só sei que nada sei... estou à espera que o Carlos diga...

Mar da Lua disse...

Irene: A "sua casa" é bem simpática. voltarei mais vezes.

Um bom ano