e talvez mudar de atitude e redefinir prioridades!
Afinal todos sabemos isto mas deixamos que o tempo faça de nós o que quer...
Devia ser ao contrário, não?!
Espero que a ponhas em prática também... :-)
SEM LIMITES, SEM FRONTEIRAS, SEM TEMPO, SEM ESPAÇO, SEM COR, SEM NACIONALIDADE, SEM SEM SEM...
num carrossel de segredos entre sussurros e medos
giram as mãos em desvarios momentâneos
pelos cabelos cruéis que afagados adormecem
sob um luar de verão ainda distante
não te olho
- formosa e insegura ? -
afoita!
«O dia europeu da Disfunção Sexual (14 de Fevereiro) relembra um problema que afecta cada vez mais portugueses. Felizmente, a cura é uma realidade para a maior parte das patologias do foro íntimo.»
in EGO, 20 a 26 de Fevereiro de 2004
Já não há filósofos nem poetas
Que me digam, hoje,
o que é amar.
O que é gostar de alguém como se gosta de um Deus,
O que é ouvir embevecido
a voz doce e penetrante
de quem se ama,
O que é ficar arrepiado
quando o frio da noite já passou,
O que é acalorar-se
quando a brisa da janela passa,
O que é sentir o coração bater descompassado
quando o nome do amado é soletrado,
O que é estar à espera
sentado no telefone
da palavra “semprevoucontigo”,
O que é ficar prostrado e moribundo
quando o dia do encontro é adiado,
o que é ser trespassado
pela força desse beijo quente
que se dá,
o que é cheirar inebriado o corpo nu
que se entrelaça em nós,
O que é ficar corado de vermelho vivo
quando o sangue corre lesto
pelo torso inteiro
anunciando em espasmos brancos
os cumes todos que trepamos
quando somos um,
em dois, em nós.
Não
não sei o que é Amar.
Sei apenas o que sinto que seja.
E digo-o aqui
como se ninguém antes
nada tivesse dito sobre isso
e eu fosse o primeiro a desvendá-lo.
Mas vejo agora
que o disse,
que tudo isto é mentira
e não existe:
eu nunca senti nada disto que vos disse
nem vou voltar a sentir.
Mais por hábito que por vontade de ser contactada, liguei o telemóvel. Apetecia-me ficar assim indolente e ociosa, alimentando o meu imaginário de palavras e de universos alheios.
Tocou inoportunamente! Do lado de lá: – Bom dia Maria Irene, olha preciso que me escrevas frases para ilustrar vinte e nove imagens… Atordoada pelo estranho pedido, questionei: – mas sobre o quê? assim de repente, não consigo! -, - consegues, pois, tu tens uma cabeça do caraças! -, - com que então sou cabeçuda? -, - ahahahahah, fazes-me isso? Preciso disso hoje sem falta! -, - mas as imagens têm a ver com o quê? (insisti), - olha, é para o dia dos namorados! - Ah! (exclamei indiferente) ok, vou tentar… (derrotada, aquiesci, pois não há nada que consiga negar a este meu sobrinho).
Em seguida, duche: deixei correr a água para que esta ficasse bem quente… entrei e saí de imediato!!! A caldeira solidarizou-se com a máquina de café e teimou em manter-se inactiva! Dei voltas e voltas e vi que não tinha pressão. Tentei tudo! Liguei até para uma vizinha que me deu uns conselhos,
Decidi então aquecer água… mas o fogão impavidamente se aliou à conspiração dos electrodomésticos, recusando-se a dar chama! Ia começar a praguejar, mas respirei fundo (ultimamente este exercício tem resultado lindamente!).
Já no escritório, esquecida destes contratempos, decidi arquivar a papelada que durante algumas semanas se foi acumulando em cima da secretária. Separadas as facturas e outros papéis inutéis, que só existem para nos lembrar que vivemos numa sociedade moderna, deparei-me com as facturas do gás que, de repente, ganharam uma majestosa importância!!! Atentei de perto: e apercebi-me que, desde Dezembro, o meio de pagamento deixou de ser automático (sem que nada tivesse feito para isso ser alterado!) e constava o pagamento por Multibanco!!! Incrédula com a minha inépcia para estas vulgaridades que desvirtuam o sentido da vida, entendi então que me tinham cortado o gás!