02/11/2006

Descer à Terra....

Ao fim de meia hora, surgiu finalmente um espaço para estacionar... Ligeira, dirigi-me aos serviços e retirei a senha... Aguardei a minha vez observando o ar impaciente das pessoas, lendo os cartazes de publicidade colados nas paredes - Simplex... sorri -, e sempre atenta ao sinal sonoro que anunciava o número de chamada e o respectivo balcão de atendimento. Cerca de uma hora depois, lá consegui vislumbrar o meu número no écran de uma das televisões colocadas a dois metros e tal do chão, o que constitui um verdadeiro teste à visão e ficamos sempre a pensar que a nossa miopia se agravou e que vamos usufruir das vantagens da idade naquela óptica dos anúncios televisivos...
Aproximo-me e uma senhora com ar circunspecto atende-me... Lá digo ao que vou: «Preciso de uma declaração que comprove que o meu filho não está incrito na segurança social...» E, para grande surpresa minha, entregam-me um impresso para preencher e com dados de que não dispunha nesse momento! Perguntei ingenuamente: «Não basta inserir o nome na base de dados?»
Uns olhos perpelexos fitaram-me... mas ainda ironizei: «E para entregar tenho que retirar nova senha da próxima vez?» bem... os olhos baixaram indiciando assentimento... Achei que não devia massacrar mais a senhora que apenas representava essa máquina abstracta a que chamamos Estado... mas ela ainda acrescentou: «depois segue pelo correio»...
Pelo menos fiquei a saber que os correios funcionam bem... até ver!

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